Ronaldo Medeiros se apresenta como alternativa ao atual grupo que comanda PT em AL

 Ronaldo Medeiros se apresenta como alternativa ao atual grupo que comanda PT em AL

Dois dos três candidatos à presidência estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Ronaldo Medeiros e Dafne Orion, participaram recentemente de um debate no Podcast do Cadaminuto, apresentado pelos jornalistas Ricardo Mota e Carlos Melo.

Não sei exatamente por qual motivo, se foi algum critério adotado pela produção do Podcast para polarizar o debate apenas entre os dois preferidos, mas o candidato Paulo Henrique, representante da chapa Virar à Esquerda, foi preterido do debate.

Num processo extremamente disputado entre o grupo majoritário denominado de CNB, coordenado pelo deputado federal Paulão e o grupo Renova PT, que reúne cinco tendências internas e tem a frente o deputado estadual Ronaldo Medeiros, ocorrerá o PED (Processo de Eleição Direita), no próximo dia 06 de Julho em todo país.

O debate foi bastante esclarecedor e revelador, não só para os quase 40 mil filiados que participarão do pleito, mas também para a torcida organizada que assiste o processo a distância. De um lado, a candidatura que representa a continuidade do grupo que comanda o PT há mais de 40 anos, do outro uma candidatura que se apresenta como alternativa política e renovação do modus operandi.

A candidata Dafne Orion, presidenta do mesmo sindicato que Paulão já presidiu e controla há décadas, apresenta-se com a Chapa “Coração Petista”, apelando para o romantismo petista e para exaltação do feminismo. Já o candidato Ronaldo Medeiros, da Chapa “Renova PT” apresenta-se com uma proposta de renovação, fundamentando sua crítica nos equívocos cometidos pela atual gestão, sobretudo a falta de transparência e a má gestão dos recursos financeiros, no negligenciamento da formação política e da ausência de um projeto político de expansão e crescimento do partido em Alagoas.

Ao final, o debate transcorreu como era esperado e anunciado, posicionamentos antagônicos sobre como conduzir o maior partido de esquerda da América Latina. Sim, existiu consenso apenas na necessidade de preparar e consolidar o palanque em Alagoas para a reeleição de Lula a presidência da república.

Com a certeza na frente e a história na mão, o PT caminha para a maturidade aos seus 45 anos, refletindo sobre sua trajetória histórica, seus sonhos e horizontes.

Arthur Vinícius

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