Dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) apontam que 3.618 famílias foram “cortadas” do programa Bolsa Família em Alagoas entre os meses de janeiro e setembro deste ano. Os números mostram que eram 555.463 famílias beneficiárias no começo do ano em Alagoas, e em setembro o contingente caiu para 551.845.
Em todo o país, dados obtidos pelo portal Metrópoles mostram que, desde o início do ano, o governo Lula cancelou o cadastro de cerca de 2,9 milhões de pessoas do Bolsa Família. “Foram canceladas 2.870.743 famílias entre janeiro e setembro de 2023”, informa documento produzido pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Os cortes, segundo a pasta, fazem parte de um pente-fino para adequar o pagamento do benefício àqueles que realmente se enquadram nos critérios predeterminados. O programa havia sido rebatizado como “Auxílio Brasil” no governo Bolsonaro e retornou ao nome original em Lula 3.
Em dezembro do ano passado, 21,601 milhões de famílias receberam o benefício, ao custo de R$ 13,017 bilhões. Em setembro deste ano, foram contempladas 21,478 milhões de famílias, ao custo de R$ 14,583 bilhões. O que indica que, apesar dos cancelamentos e da redução de beneficiários, novos usuários também foram inseridos no Bolsa Família.
Em junho, Lula assinou o decreto que regulamenta o Novo Bolsa Família. O texto estabeleceu complementação de R$ 50 adicionais, pelo Benefício Variável Familiar, a dependentes de 7 a 18 anos na composição familiar e a gestantes e lactantes. O Bolsa Família foi criado no primeiro mandato de Lula por meio de medida provisória, em outubro de 2003, e convertido em lei em janeiro de 2004.
Somente neste mês de setembro, o pagamento do Bolsa-Família injetou R$ 380,5 milhões na economia do estado. Neste mês, o valor médio do benefício pago às famílias foi de R$ 692,96. A capital Maceió é a cidade do estado com maior número de contemplados: 110,5 mil famílias, a partir de um investimento de R$ 75 milhões e repasse médio de R$ 679,97. Os outros quatro municípios do estado com mais beneficiários são: Arapiraca (28,2 mil), Rio Largo (15,3 mil), Palmeira dos Índios (15,7 mil) e Penedo (14,6).
O município com maior valor médio de repasse em Alagoas, no mês de setembro, foi Inhapi. Lá, as 3.741 famílias atendidas recebem uma média de R$ 738,84. Seguido por Carneiros, com R$ 730,31, Belo Monte, com R$ 727,52, Jundiá, com R$ 725,58 e Piranhas, com R$ 722,10, que completam a lista dos cinco municípios com maior valor médio no estado.
O Benefício Primeira Infância, que prevê um adicional de R$ 150 a crianças de zero a seis anos, chega a 243,9 mil pessoas de Alagoas a partir de um investimento de R$ 35,2 milhões. Já o Benefício Variável Familiar, um adicional de R$ 50 para gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 18 anos, alcança 412,5 mil pessoas no estado, com um aporte de R$ 19,3 milhões.