O certame foi cancelado juntamente com as seleções para o Corpo de Bombeiros (CB) e Polícia Civil (PC).
No mês de dezembro, a Defensoria Pública garantiu, na Justiça, a suspensão do cancelamento das etapas do concurso dos Bombeiros e a proibição de repetição das provas até a finalização das investigações.
Conforme o candidato Tainnes Araújo, o grupo espera que o concurso, que estava na fase de recurso da prova discursiva, possa ser retomado e seguir normalmente para as etapas seguintes, depois da conclusão do Inquérito Policial.
“Para o nosso concurso, são apenas 60 vagas e com prova discursiva. Logo, esse número reduzido de aprovados e a presença de provas discursivas tornam mais fácil a investigação e descoberta de fraudadores”, destaca o candidato.
“Abdicamos de muitas coisas para poder estudar e nos prepararmos para esse concurso. Alguns largaram emprego para poder se dedicar em tempo exclusivo aos estudos. A notícia do cancelamento veio como um balde de água fria, de que todo o esforço empregado teria sido em vão. No meu caso, com a notícia do cancelamento, ainda não consegui voltar aos estudos no mesmo ritmo que estava antes do concurso”, acrescenta.
DECISÃO JUDICIAL
Após pedido da Defensoria Pública do Estado, a Justiça alagoana determinou a suspensão da anulação das etapas do concurso público para soldado (praças) do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL). A decisão, proferida no dia 17 de dezembro, ordena, ainda, que o Estado de Alagoas se abstenha de realizar nova seleção até a conclusão da investigação referente às supostas fraudes no concurso da Polícia Militar (PMAL).
Conforme o defensor público e autor da ação, Ricardo Melro, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) fundamentou o cancelamento dos concursos no inquérito policial que teria apontado as fraudes, entretanto, em resposta à requisição de informações da Defensoria, a comissão de delegados informou que a operação policial, no caso do certame para o Corpo de Bombeiro, foi apenas para os candidatos aprovados para o cargo de soldado.
Na ocasião, os candidatos ao concurso do Corpo de Bombeiros buscaram o auxílio da Defensoria Pública, a fim de reverter o cancelamento, pois o certame já tinha encerrado todas suas etapas, e a necessidade de refazê-las traria prejuízos para todos os inscritos.