O presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu Israel nessa segunda-feira (20) em um evento do Mês da Herança Judaica Americana na Casa Branca. Biden disse que as forças israelenses não estão cometendo genocídio na guerra contra o Hamas em Gaza e rejeitou críticas de manifestantes pró-palestinos.
“O que está acontecendo em Gaza não é genocídio. Rejeitamos isso”, afirmou.
Em muitos de seus eventos ao redor do país, Biden tem sido alvo de protestos de ativistas pró-palestinos, que o rotularam de “Joe Genocida” pelo seu apoio a Israel.
Em comentários no evento na Casa Branca, o presidente enfatizou sua opinião de que Israel foi a vítima desde o ataque de 7 de outubro do Hamas no sul do país, em que 1.200 pessoas foram mortas e centenas foram levadas como reféns.
Ele afirmou que o apoio dos EUA à segurança dos israelenses é “inabalável”.
“Estamos ao lado de Israel para eliminar (o líder do Hamas, Yahya) Sinwar e o resto dos integrantes do Hamas. Queremos o Hamas derrotado. Estamos trabalhando com Israel para que isso aconteça”, acrescentou.
As negociações entre Israel e o Hamas estagnaram na tentativa de obter a liberdade de reféns doentes, idosos e feridos ainda detidos pelos militantes, mas Biden prometeu não desistir.
“Vamos levá-los para casa, vamos levá-los para casa, faça chuva ou faça sol”, disse Biden.
O presidente também apelou por um cessar-fogo imediato em Gaza, algo que reiterou no seu discurso de formatura no Morehouse College no domingo (19).
Já nessa segunda-feira (20), o líder americano rejeitou a decisão do promotor do Tribunal Penal Internacional de solicitar mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu chefe de Defesa por supostos crimes de guerra.
O promotor do TPI também disse que solicitou mandados de prisão para o chefe do Hamas, Sinwar, e dois outros líderes do grupo.
Nos últimos meses, Biden tem enfrentado uma pressão política crescente do seu próprio partido sobre a forma como lidou com o conflito de Gaza, à medida que o número de mortos palestinos subiu para mais de 35 mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, e o cerco de Israel criou terríveis condições humanitárias no território.