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21/05/2024 às 09h08min - Atualizada em 21/05/2024 às 09h08min

PMs são alvos da PF por suspeita de venda de armas para facções de AL

Foi determinado o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados

Por Gazetaweb
Operação nesta terça. Foto: Polícia Federal

Policiais militares da Bahia e Pernambuco, CACs e lojistas são alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta terça-feira (21) por suspeita de integrar uma organização especializada em vender armas e munições ilegais para facções criminosas nos dois estados e em Alagoas.

Durante a operação, são cumpridos 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão.

A ação integrada é realizada pela PF e pelo Ministério Público da Bahia. A operação conta com apoio da Polícia Civil da Bahia, das polícias Militar da Bahia e de Pernambuco, além do Exército Brasileiro.

As cidades onde os mandados são cumpridos são Juazeiro (BA); Salvador (BA); Santo Antônio de Jesus (BA); Porto Seguro (BA); Lauro de Freitas (BA); Petrolina (PE); Arapiraca (AL).

Foi determinado também o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas localizadas em Juazeiro, Petrolina e Arapiraca, que comercializavam material bélico de forma irregular.

Durante a deflagração da operação, o Exército Brasileiro fiscalizou outras lojas que vendem armas, munições e acessórios controlados nos municípios de Juazeiro, no norte da Bahia, e Petrolina, no sertão de Pernambuco.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com penas somadas que podem chegar a 35 anos de reclusão.

DENOMINAÇÃO

A operação foi denominada "Fogo Amigo". Segundo a PF, o nome faz alusão ao fato de que os policiais integrantes da organização criminosa vendem armas e munições de forma ilegal para criminosos faccionados, que acabam sendo utilizadas contra os próprios órgãos de segurança pública.

A Polícia Federal informou que o caso continuará a ser investigado na tentativa de descobrir a real amplitude da suposta organização criminosa e identificar outros integrantes.


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