De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, a cidade tem 27.704 moradias em locais de alto e muito alto risco. Aproximadamente 25% das famílias (7.177) precisam ser removidas para novos endereços.
O levantamento aponta ainda que a cidade tem 234 locais com risco alto ou muito alto para deslizamentos, enchentes e inundações, que representam 18% do território municipal. A maioria das áreas fica no distrito Petrópolis (102), seguido de Cascatinha (39), Itaipava (35), Pedro do Rio (32) e Posse (26).
Até a madrugada desta quinta-feira (17/2), foram confirmadas 104 mortes na tragédia de Petrópolis. Entre as vítimas, há pelo menos oito crianças. A quantidade de desaparecidos ainda está sendo contabilizada, mas o cadastro do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), feito até o início da noite de quarta-feira (16/2), indica que ao menos 35 pessoas são procuradas.
O Morro da Oficina é uma das regiões mais atingidas. Moradores do local relataram cenas de terror durante a forte chuva que atingiu o local. Priscila Martins, de 36 anos, que mora há mais de três décadas na região, diz que nunca tinha presenciado nada semelhante.
“Parecia um terremoto”, relatou ao Metrópoles, e afirmou que duas ex-alunas suas, ambas de 16 anos, desapareceram. “Já sei que a filhinha de uma amiga morreu, ainda tem minhas ex-alunas soterradas.”