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29/08/2022 às 08h47min - Atualizada em 29/08/2022 às 08h47min

Agência nuclear chega hoje a usina na Ucrânia sob risco de acidente

Central nuclear é a maior da Europa e há semanas é alvo de bombardeio

Por Gazetaweb
Fumaça é vista saindo de planta nuclear de Zaporizhzhia após um incêndio no complexo em 24 de agosto de 2022
Após meses tentando uma visita, o diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou nesta segunda-feira (29) que está a caminho da central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior usina da Europa e que está sob risco alto de um acidente radioativo sem precedentes.
 

"Chegou o dia, a missão da AIEA está a caminho de Zaporizhzhia. Devemos proteger a segurança da Ucrânia e da maior central da Europa", escreveu Rafael Grossi, diretor da agência, no Twitter. Ele anunciou que a equipe chegará "no final desta semana".
 

Grossi solicitou por vários meses uma visita da AIEA à central e alertou para o "risco real de uma catástrofe nuclear" por conta de bombardeios à usina. Moscou e Kiev se acusam mutuamente de atacar a usina, atualmente sob domínio dos russos.
 

Na semana passada, durante negociações após apelos da comunidade internacional, os governos dos dois países concordaram com a inspeção da agência nuclear.
 

Também nesta segunda-feira (29), o Kremlin acusou a Ucrânia de tentar um novo ataque à usina e disse ter derrubado um drone das Forças Aéreas ucranianas que tentava um novo bombardeio.
 

A central de Zaporizhzhia, onde ficam seis dos 15 reatores nucleares ucranianos, foi tomada em março pelas tropas russas, pouco depois do início da invasão em 24 de fevereiro, e fica perto da frente de batalha no sul do país.
 

A operadora ucraniana Energoatom advertiu no sábado (27) para o risco de vazamento radioativo e incêndios em consequência dos ataques.
 

A ONU pediu o fim de todas as atividades militares na área próxima à central.



Visita da AIEA

Ucrânia inicialmente temia que uma visita da AIEA legitimasse a ocupação russa da usina, mas passou a apoiar a ideia da missão.
 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, passou a defender o envio o mais rápido possível de uma equipe da agência da ONU.
 

Entre quinta-feira e sexta-feira, a central e seus reatores de 1.000 megawatts cada foram "totalmente desconectados" da rede nacional de energia por danos provocados nas linhas elétricas, afirmou Kiev. Posteriormente foram reconectados e reiniciados.
 

O presidente russo, Vladimir Putin, aceitou que a equipe de inspetores viaje a Zaporizhzhia via Ucrânia, sem passar pela Rússia, informou a presidência da França em 20 de agosto, após uma conversa telefônica com o chefe de Estado francês Emmanuel Macron.
 

O G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, pediu que os inspetores da AIEA tenham acesso livre à central de Zaporizhzhia.
 

Os funcionários da AIEA devem ter acesso a todas as instalações nucleares da Ucrânia de maneira segurança "e sem impedimentos", afirmou o grupo de diretores de não proliferação do G7 em um comunicado. Também devem poder entrar em contato "diretamente e sem interferência" com os funcionários ucranianos, acrescenta a nota.


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