"O alagoano sabe o meu time. Sou do campo popular, apoio o candidato Lula com o número 13. O candidato Rodrigo Cunha, estagiário do maior corrupto do Brasil, em 2018 falou que apoiaria o Bolsonaro, mas logo depois traiu o Bolsonaro. Ele não tem linha. Ele não tem personalidade. E agora em 2022 ele está pretendendo fazer a mesma coisa. Ele não fala, mas fica querendo ter voto da esquerda, ter voto de Bolsonaro também. E eu te pergunto, Rodrigo, você vai ficar mais uma vez em cima do muro ou vai descer do muro?".
Em seu tempo de reposta, Cunha desviou o assunto e não respondeu se iria se posicionar ou mesmo permanecer neutro até o final do segundo turno, cujas eleições ocorrem no próximo domingo (30).
Em resposta, o apadrinhado de Arthur Lira saiu na defensiva. "A disputa é entre Rodrigo Cunha e Paulo Dantas. Não queira se escorar para tentar chegar nessa eleição com apoio de outros. Aqui somos nós dois", afirmou e, em seguida, saiu em defesa de Arthur Lira (PP).
Dantas, mais uma vez questionou se Cunha irá manifestar voto a Bolsonaro. "Perguntei: você vai votar em Bolsonaro ou não? Ele é assim. Ele não se posiciona, ele não tem lado. Na hora que você precisar dele, alagoano, sabe o que ele vai fazer? Ele vai se esconder", retrucou Paulo Dantas. Em nova oportunidade, Cunha finalizou o quadro sem responder a manifestação de apoio.
Na corrida eleitoral para o governo de Alagoas, Cunha tem sido cobrado por se manter neutro para os candidatos á presidência da República, ao passo em que é acusado de se aproveitar da onda bolsonarista para angariar votos. Cunha integra o grupo de partidos da base de sustentação política de Bolsonaro no Congresso Nacional. Mesmo assim, já em abril, ao jornal Valor Econômico, ele descartou a possibilidade de apoiar o presidente.