Os depoimentos dos militares enviados para a ocorrência relatam que, além da policial, outros dois militares foram brutalmente agredidos, sendo necessário o envio de reforço de colegas de farda e o auxílio da Guarda Municipal para conter os agressores.
Confirme o relato à Polícia Civil (PC), dois policiais que estavam presentes disseram que foram ao local para atender denúncia de perturbação ao sossego por volta das 20h. Essa era a segunda vez que eles teriam recebido o chamado, sendo a primeira durante à tarde.
Já na residência, uma pessoa identificada como Ronaldo estava aparentemente embriagada.
Por isso, de forma agressiva, ele verbalizou ofensas contra a guarnição. Ao ser dada voz de prisão, ele teria corrido para dentro de casa. Na tentativa da polícia em capturá-lo, outros familiares entraram na confusão para agredir os policiais.
Ainda conforme o relato em inquérito, um dos policiais foi derrubado no chão e agredido. Ao tentar defendê-lo, além de não deixar escapar a arma do colega de farda, Paloma foi puxada pelo cabelo. A agressão teria sido executada por Ronaldo.
Continuando as agressões, conforme os depoimentos, a mulher ainda foi derrubada no chão e arrastada.
Por causa da proporção em que chegou a ocorrência, outra policial solicitou apoio da Guarda Municipal e de outra guarnição para conter os agressores.
Paloma ficou lesionada na boca, que sangrou, devido a um soco dado por Ronaldo. Além disso, segundo depoimentos do inquérito, outro policial teria recebido tapas no rosto, totalizando três PMs agredidos.
Os relatos dos policiais afirmam ainda que houve agressão verbal. "Ao ser solicitado sua documentação pessoal, o autor José Laudrup proferiu palavras de baixo calão aos policiais dizendo: 'Vai tomar no cu, seus Policiais filhos da puta (sic)'.
Ronaldo teria dito ainda "que tinha tanto direito de fazer barulho quanto a prefeitura, pois pagava mais impostos que a mesma e, apontando o dedo para os policiais e de forma agressiva, dizia que pagava seus salários".
Ronaldo e mais dois, sendo um deles, o próprio filho, foram levados para a delegacia da cidade e autuados por desacato, resistência, perturbação do sossego alheio, lesão corporal dolosa praticada contra agente de segurança pública e difamação.
Em depoimento, Ronaldo negou as acusações. Disse que, com a chegada da polícia e o início da confusão, ele foi empurrado e caiu sobre uma caixa. Ele disse ainda que os policiais foram "muito enérgicos com as pessoas, chegando a usar até spray de pimenta onde tinham várias mulheres e crianças".
Os três foram soltos após pagarem fiança de R$ 5 mil cada um.