“Ele conversa ao lado do adolescente infrator em frente ao banheiro. Entra no banheiro com ele, sai antes e depois o agressor começa a praticar os atos”, afirmou no delegado Marcus Vinícius Reis, titular do 34º DP (Vila Sônia).
Segundo o delegado, esse menor já foi ouvido pela polícia, na presença da mãe, e negou qualquer participação no crime.
Já o outro suspeito foi identificado por meio de publicações nas redes sociais. De acordo com a polícia, ele é investigado pela suspeita de ter instigado o ataque por meio das postagens.
“Existem algumas postagens desse aluno no sentido de incentivar. Agora, teremos tempo para investigar essa possível coautoria, seja na instigação, induzimento ou auxílio material”, disse o delegado.
O policial afirmou que, pelos depoimentos, ficou claro que já havia conhecimento dos alunos de que o adolescente agressor postava fotos com armas de fogo, facas e que ele falava com frequência sobre massacres. “A premeditação e o planejamento estão muito claros para gente”.
Próximos passos
A partir de agora, a Polícia Civil vai focar na análise dos materiais encontrados nos aparelhos eletrônicos do agressor, que foram apreendidos. Nesta quarta-feira (29/3), o Ministério Público de SP deu parecer favorável à quebra do sigilo dos equipamentos. A investigação aguarda a autorização judicial para começar a analisar o material.
Além disso, a polícia ainda vai ouvir a professora Ana Célia da Rosa, que recebeu alta do Hospital nas Clínicas nessa terça (28). Ele deve ser ouvida na quinta (30), no período da tarde.
O delegado afirmou ainda que pretende ouvir a diretora de uma escola anterior onde o estudante infrator estudou. O colégio não é a mesmo que registrou boletim de ocorrência relatando o comportamento violento do aluno.
Ao todo, a polícia já ouviu cerca de 40 pessoas. Outra frente da investigação será a reconstituição da cena por meio das imagens de câmeras de segurança. A ideia é recapitular cronologicamente, passa a passo, as ações do adolescente até o início do ataque.
Ataque a escola
Na segunda (27), um estudante de 13 anos entrou na escola portando uma faca e com o rosto coberto por uma máscara de caveira semelhante à utilizada pelos assassinos no Massacre de Suzano, ocorrido em 2019 na cidade da Grande São Paulo.
Elisabeth estava em frente à mesa onde lecionava, conferindo o celular, quando o aluno de 13 anos a surpreendeu, e a golpeou ao menos 10 vezes pelas costas.
Segundo pais de estudantes, a professora teria apartado na semana passada uma briga entre o adolescente que a matou e outro estudante, e por isso se tornou alvo do agressor.
O aluno agressor foi apreendido, prestou depoimento e ficará internado na