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12/04/2023 às 15h05min - Atualizada em 12/04/2023 às 15h05min

Vereadores protagonizam espetáculo grotesco na Câmara de Arapiraca, com xingamentos e discussões

Sessão foi a primeira de 2023 que contou com a presença de 18 vereadores

Por 7 Segundos

A expectativa era a de retorno dos trabalhos legislativos na primeira sessão com quórum do ano de 2023, mas quem foi à Câmara de Vereadores de Arapiraca na noite desta terça-feira (11) viu que a tensão entre os grupos políticos ainda está longe de acabar.

Muito bate-boca, ofensas, briga de bastidores e nenhuma discussão sobre propostas para Arapiraca - esta foi a tônica da sessão realizada pela Casa Herbene Melo, a primeira após a oficialização, pela justiça, da condição de presidente do vereador Thiago ML (Pros).

Em horário regimental e com quórum mínimo atingido, ML começou a presidir a sessão e votar os encaminhamentos dos vereadores. O barulho começou quando o vereador Adriano Targino (PP) solicitou à mesa diretora que fossem apresentados para apreciação os projetos de interesse do município.

Thiago ML negou a questão de ordem de Adriano, afirmando que tais projetos, para serem apreciados em plenário, precisam antes passar pela procuradoria jurídica da casa.

Iniciou-se então uma longa discussão sobre o papel da procuradoria da Câmara. Em aparte, o vereador Melquisedec (Pros), que é da base do prefeito, afirmou que é uma "vergonha" que o procurador da Casa esteja a serviço da pessoa de Thiago ML, e não dos interesses do legislativo. "O senhor é procurador jurídico da Câmara, e não do vereador Thiago ML", disse.

Dentre os vários vereadores que tomaram a palavra em aparte a Melquisedec, o vereador Túlio Freire (PP) carregava uma placa com o nome do prefeito Luciano Barbosa, a imagem da folhinha situada na Avenida Ceci Cunha, e o termo "prefeito dos milhões", em alusão aos supostos desvios praticados pelo chefe do executivo.

Túlio foi personagem de discussão acalorada com Adriano Targino, a quem mandou "calar a boca". Adriano também foi chamado de "palhaço" pelo presidente da casa, Thiago ML.

Em seguida, a mesa negou a palavra aos demais vereadores, mas abriu espaço para que o procurador Arnaldo Pacheco pudesse falar, já que havia sido citado pelos vereadores.

O fato gerou uma discussão generalizada no plenário da casa. Vereadores da base do prefeito afirmaram que estavam tendo seu direito legal à palavra cerceados, enquanto um 'civil' podia falar normalmente nos microfones, o que para eles representou uma afronta.

Com a retirada de muitos dos vereadores do plenário e uma discussão fora de controle, o presidente encerrou os trabalhos e nenhuma proposição foi apresentada, apreciada ou votada nesta terça.


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