Segundo César Saad, delegado responsável pelo caso, o nome do homem é Igor, ele tem 20 anos e mora região metropolitana de São Paulo. O agressor revelou ter agido por impulso após perder uma aposta esportiva, e a foto que enviou ao personal trainer da esposa de Cássio, com uma arma e balas sobre uma camiseta do Corinthians, era da internet, de um protesto de outra torcida.
Em entrevista à Band, de costas para a câmera e com uma máscara, Igor pediu desculpas ao goleiro e a família de Cássio, e afirmou não fazer parte de nenhuma torcida organizada do Timão.
- Pedir perdão para o Cássio, para a toda a família dele, fiz isso em um momento de raiva. Não tive nenhuma intenção de prejudicar ninguém. Não represento perigo para ninguém. Não faço parte de torcida organizada nenhuma. Não falei em nome de ninguém. Foi uma atitude isolada minha - afirmou.
Igor responde pelo crime de ameaça, com pena restritiva de direito. Agora, o processo vai para análise do Ministério Público. Se for configurada uma ligação com os indivíduos que enviaram mensagens aos demais jogadores do Timão, ele pode responder por associação criminosa.
Além de Igor, os outros seis suspeitos já identificados devem ser proibidos de assistir a jogos do Corinthians no estádio. A solicitação foi encaminhada pela própria polícia à Federação Paulista de Futebol (FPF), de acordo com o delegado César Saad.
Após um grupo de 14 torcedores da organizada Gaviões da Fiel se reunir no CT com lideranças e diretores do Corinthians, um perfil no Instagram, identificado como "$heik Caçador", mandou fotos de uma arma e balas sobre uma camisa do Corinthians, além de áudios ameaçadores ao personal trainer da esposa de Cássio, ameaçando o casal e o zagueiro Gil.
O Corinthians acionou a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE) na tentativa de identificar o autor das agressões. Também, o goleiro prestou um Boletim de Ocorrência, e o clube soltou uma nota de repúdio condenando as ações e prestando solidariedade aos atletas e a mulher de Cássio.
No dia seguinte, A Polícia Civil de São Paulo identificou seis indivíduos responsáveis pelas ameaças feitas, e ainda informou que o presidente Duílio Monteiro Alves, dirigentes do clube e Willian e suas filhas também foram alvo de agressões digitais.
Segundo o delegado Osvaldo Nico, diretor do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), os autores dos crimes são jovens que não passam dos 20 anos de idade.