Para a polícia é preciso descobrir, exatamente, se a menina foi utilizada por um adulto como “instrumento” para cometer o assassinato. “Começaremos a ouvir as testemunhas hoje, ouvir as pessoas que estavam no momento do crime para ajudar a esclarecer”, disse o delegado Guilherme Iusten.
Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o promotor Lucas Sachsida lembrou que o cometimento de fatos tidos como crimes por criança (até 12 anos incompletos) não caracterizam atos infracionais e determinou a análise da situação sob a ótica protetiva. Além disso, determinou o início de uma investigação policial para análise de possível participação ou utilização da criança por algum adulto, como já começa a ser investigado pela Delegacia de União dos Palmares.
O Conselho Tutelar da região acompanha o caso e informou que a vítima – identificada como Rafael Alves da Silva – estava bebendo na área de casa, junto com a mãe e irmã mais velha da menina, quando, posteriormente, uma discussão foi iniciada.
A Polícia Civil vai apurar se procede a informação de que, durante a briga, a vítima teria empurrado a enteada e dado um tapa no seu rosto, assim como teria xingado o pai falecido da menina. Ela, então, teria corrido até a cozinha e, com uma faca, atingiu a vítima no peito. A vítima chegou a ser socorrida com vida ao Hospital Regional da Mata (HRM), mas não resistiu aos ferimentos.